A Mini Fertilização in Vitro (Mini-FIV), é uma tecnica usada na reprodução humana assistida que em vez de provocar uma resposta intensa dos ovários (superovulação), no caso da FIV, utiliza doses muito menores de hormônios na estimulação, ou seja, a estimulação ´realizada de modo a aproveitar o ciclo menstrual e suas taxas hormonais naturais, ou seja, o uso de baixas doses hormonais. Este protocolo se concentra em uma mínima estimulação ovariana buscando obter alguns óvulos, geralmente dois ou três que, potencialmente, sejam de melhor qualidade.
Essa técnica, desenvolvida pelo médico japonês Osmau Kato, aproxima o tratamento do ciclo natural, gerando menos efeitos colaterais e reduzindo os custos associados ao tratamento convencional da FIV, onde as doses hormonais são elevadas afim de provocar uma resposta ovariana, que aumente o número de óvulos disponíveis para fertilização e, consequentemente, as chances de sucesso por ciclo de tratamento. É sabido que em muitos casos a FIV convencional pode acarretar desconfortos como inchaço, retenção de líquidos e outros efeitos adversos. Em contraste, a Mini-FIV, com sua estimulação mais suave, diminui esses riscos, mesmo que resulte em um número menor de embriões para eventual transferência ou congelamento.
A Mini-FIV pode ser, especialmente indicada aquelas mulheres com idade reprodutiva, acima dos 35 anos, aquelas com baixa reserva ovariana ou pacientes que já apresentaram ótimas e boas respostas em ciclos convencionais de FIV. Além disso, para casais que preferem evitar o desconforto e os elevados custos dos tratamentos convencionais ou que não desejam ter embriões excedentes, a Mini-FIV pode ser uma alternativa interessante.
Resumidamente, a tecnica propõe um equilíbrio entre a qualidade e a quantidade dos óvulos, oferecendo uma opção menos agressiva e mais econômica para determinados perfis de pacientes.
Assim, caso essa abordagem pareça adequada e recomendada para certos casos, o ideal é conversar, detalhadamente com o especialista em reprodução humana assistida para avaliar as melhores estratégias de tratamento conforme o seu histórico e as suas necessidades clínicas.