SAÚDE DA MULHER

Tratamentos

Infertilidade e Sexualidade

A partir do momento que um casal que decide ter um filho, automaticamente altera sua rotina sexual, tornando-a mais intensa. Na maioria dos casos, os casais conseguem engravidar no primeiro ano de tentativa. Contudo, os casais que não engravidam no prazo de um ano, partem em busca de especialistas que possam ajudá-los a desvendar a causa de tal dificuldade. Num terceiro momento, com o diagnóstico concluído, alguns iniciam os tratamentos, que abrangem desde injeções de hormônios, (re)planejamento sexual e até concepções sem sexo.

Refletindo sobre o percurso imposto pela infertilidade aos casais e com base na minha percepção clínica, acredito que a qualidade de vida sexual, especialmente o nível de satisfação em relação ao seu parceiro, merece especial atenção dos pares.

Ocorre, pois, que, nesse contexto, o desejo de ter um filho é tão grande que a vida sexual do casal sofre interferências, pois as relações sexuais passam a ser praticadas com o intuito exclusivo da procriação, deixando de lado o prazer, que é fundamental. Isso é perigoso tanto para a relação conjugal, quanto para a saúde emocional da pessoa que assume um posicionamento cego na busca de um filho.

Apesar de toda a dificuldade e respeito por esse período sofrível do processo de fertilização – haja vista que não é nada prazeroso limitar a vida sexual às exigências médicas, à hora marcada, ou à impossibilidade de praticar o ato sexual para não comprometer a gravidez -, é importante que o casal esteja atento e consciente de que essas exigências integram apenas essa fase do tratamento de fertilidade e não devem perdurar depois do nascimento do bebê. O importante é zelar, acima de tudo, para manter os elos da tríplice você, seu parceiro (a) e a relação de vocês.

Outro aspecto que deve ser considerado com especial atenção diz respeito à constância cada vez maior de casais com dificuldades sexuais que buscam as clínicas de fertilização com a intenção de conceberem seus filhos sem praticar o ato sexual. Essa é uma situação delicada e perigosa, já que, nesse contexto, o casal busca solução para um problema, tentando esconder de si um outro problema, uma vez que o sexo é algo vital para o bem-estar físico e emocional do ser humano.

É necessária a devida conscientização das posturas assumidas frente às questões aqui mencionadas para que se possa obter resultados satisfatórios relativamente à fertilidade, à sexualidade nesse processo e, principalmente, à qualidade da vida sexual e afetiva do casal. O equilíbrio dessas forças se constitui na base necessária ao relacionamento saudável. Por isso, estejamos atentos!

 

Ginecologia

A Ginecologia é a especialidade médica que estuda e trata a mulher e mais especificamente as doenças do sistema reprodutor feminino, útero, vagina e ovários.Já a Obstetrícia acompanha a mulher em seu momento mais sublime, gravidez e parto. Vamos conversar um pouco sobre os temas mais frequentes no consultório do ginecologista:

 

Candidíase

Candidíase é uma infecção provocada por fungos que pode acometer vulva e vagina e tambem as regiões inguinal, perianal e o períneo. Apesar de não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, pode ser transmitida através de relações sexuais. Mulheres e homens podem desenvolver a infecção.

Geralmente, a candidíase está associada à queda da imunidade, ao uso de antibióticos, anticoncepcionais, imunossupressores e corticóides, à gravidez, diabetes, alergias e ao HPV (papiloma vírus).

Sintomas

a) nas mulheres
​• Coceira na vagina e no canal vaginal;
• Corrimento branco, em grumos, parecido com a nata do leite;
• Ardor local e para urinar;
• Dor durante as relações sexuais.

b) nos homens
• Pequenas manchas vermelhas no pênis;
• Edema leve;
• Lesões em forma de pontos;
• Prurido (coceira). Em casos mais graves distúrbios gastro-intestinais, respiratórios e outros problemas dermatológicos podem aparecer.

Diagnóstico
É feito pelo exame clínico ginecológico, de laboratório e pelo exame de Papanicolau.

Tratamento
-Determinar causas e corrigi-las impedindo recidivas;
-Comprimidos e cremes vaginais anti fungicos.

Recomendações
• Procure alimentar-se equilibradamente e levar vida saudável e sem estresse;
• Evite o consumo de bebidas alcoólicas e não fume;
• Use camisinha em todas as relações sexuais;
• Não se descuide da higiene íntima;
• Evite roupas justas demais e de material sintético;
• Prefira o papel higiênico branco e sem perfume;
• Não use absorventes internos;
• Siga criteriosamente as recomendações de seu médico. Não suspenda o uso dos medicamentos sem sua recomendação.

 

Endometriose

A doença é caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio, fora do útero. Endométrio é o tecido que descama ao final do ciclo menstrual, caracterizando a menstruação. Na endometriose este tecido reflui através das trompas e se implanta dentro da cavidade pélvica.

Sintomas
• Cólicas menstruais progressivas
• Dor á relação sexual
• Infertilidade
• Sensaçaõ de inchaço na região pélvica, sintomas urinários e intestinais

Tratamento
• Cirurgia (preferencialmente Laparoscopia)
• Medicações (contraceptivos hormonais)
• Além disso, ações que melhorem a qualidade de vida tais como exercícios, psicoterapia, são favoráveis ao tratamento.

Diagnóstico
• Exame Clínico
• Exames Bioquimicos (CA 125)
• Exames de imagem (Ultrassonografia, Ressonância Nuclear Magnética)

Endometriose e Infertilidade
A endometriose pode gerar infertilidade pelo acometimento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação.

Prevenção
A principal arma é a obtenção de informações sobre a endometriose e prestar atenção aos sintomas. Com a presença dos sintomas, em especial a dor, procurar um médico ginecologista com urgência, pois quanto mais cedo se detecta a doença, mais rápido um tratamento adequado poderá ser iniciado.

 

HPV

É um vírus transmitido pelo contato sexual que afeta a área genital tanto de homens como de mulheres e podem causar verrugas na região genital e se não tratadas, transformam-se em câncer do colo do útero e câncer de pênis.

Uma das características desse vírus é que ele pode ficar instalado no corpo por muito tempo sem se manifestar, entrando em ação em determinadas situações, como na gravidez ou numa fase de estresse, quando a defesa do organismo fica abalada. Na maior parte das vezes a infecção pelo HPV não apresenta sintomas, mas a mulher tanto pode sentir verrugas, uma leve coceira, ter dor durante a relação sexual ou notar um corrimento.

Em seus estágios iniciais, as doenças causadas pelo HPV podem ser tratadas com sucesso em cerca de 90% dos casos, impedindo que a paciente tenha maiores complicações no futuro. Portanto, a melhor arma contra o HPV é a prevenção e se fazer o diagnóstico o quanto antes.

Prevenção
• Manter cuidados higiênicos;
• Ter parceiro fixo ou reduzir o número de parceiros;
• Usar preservativos durante toda a relação sexual;
• Visitar regularmente seu ginecologista para fazer todos os exames de prevenção.

Diagnóstico
Este vírus pode ser detectado através dos seguintes exames:

Papanicolau
É o exame preventivo mais comum. Ele não detecta o vírus, mas, sim, as alterações que ele pode causar nas células.

Colposcopia
Exame feito por um aparelho chamado colposcópio, que aumenta o poder de visão do médico, permitindo identificar as lesões.

Biópsia
É a retirada de um pequeno pedaço de tecido para análise.

Captura Híbrida
É o exame mais moderno para fazer o diagnóstico do HPV. A Captura Híbrida consegue diagnosticar a presença do vírus mesmo antes da paciente apresentar qualquer sintoma.

Tratamento
O tratamento depende de diversos fatores como:
• A idade da paciente;
• O local e o número de lesões;
• Se a mulher está grávida ou apresenta alguma doença ginecológica.

Não se esqueça de que mesmo após o tratamento é aconselhável o acompanhamento. Seu médico é a pessoa mais indicada para lhe dar todas as orientações.

Laser: Utilizado em alguns tipos de cirurgia para cortar ou destruir o tecido onde estão as lesões.
CAF: Feito com um instrumento elétrico, remove e cauteriza a lesão.
ATA: É um ácido aplicado pelo médico diretamente nas lesões.
Conização: Um pedaço de tecido em forma de cone é retirado com o auxílio do bisturi, do Laser ou do CAF.
Medicamentos: Em algumas situações podem-se utilizar medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo (Imiquimode).

 

Infecção Urinária

A infecção urinária é uma das doenças infecciosas mais comuns da atualidade. Cerca de 40% a 50% das mulheres já tiveram pelo menos um episódio de cistite em suas vidas.

Causas
A urina é normalmente estéril, ou seja, ela é completamente livre de germes e a infecção ocorre quando germes, subindo pela uretra, conseguem penetrar na bexiga e começam a se multiplicar.

Os microorganismos que mais causam infecção são as bactérias do intestino, sendo uma delas, a Escherichia coli, responsável por 80% de todas as infecções urinárias. Na maioria dos casos, a bactéria começa a crescer na uretra. Quando a infecção fica limitada apenas a este local, é chamada uretrite. Se essas bactérias sobem pela uretra, atingem a bexiga e promovem o que chamamos de cistite (infecção da bexiga). Eventualmente, se a infecção não for logo controlada, as bactérias podem subir pelos ureteres e causar infecção no rim (pielonefrite).

Sintomas
• Polaciúria: Desejo forte de urinar com frequencia
• Disuria: Ardencia no canal da urina na micção
• Estrangúria: Dificuldade em começar a urinar
• Dor em região pélvica e sensação frequente de vontade de urinar
• Alteração na cor e cheiro da urina
• Sinais como febre e dor nas costas (dor lombar), náuseas e vômitos podem indicar que a infecção já chegou aos rins (pielonefrite).

Diagnóstico
• História e Exame clinico
• Urina 1
• Urocultura e Antibiograma

Se as infecções forem recorrentes, pode também ser recomendada a realização de um exame de ultra-som das vias urinárias para verificar possíveis anormalidades que estejam propiciando a recorrência da infecção, ou de uma cistoscopia, exame que permite a visualização direta da bexiga pelo médico com a introdução de um pequeno aparelho (cateter) através da uretra.

Tratamento
O tratamento em geral é feito com antibióticos orais e sua duração varia de três a sete dias, dependendo do remédio usado, do germe isolado, da gravidade da infecção e da história do paciente.

Também são prescritos analgésicos urinários para aliviar a ardência ao urinar e antiespasmódicos que reduzem a dor e o desejo de urinar com freqüência. Além disso, é importante aumentar a ingestão de líquidos, o que facilita a eliminação das bactérias, e evitar ingestão de substâncias que sejam irritantes da bexiga, como a cafeína e o álcool.

Se a infecção atingiu os rins, o que chamamos pielonefrite, é possível que seja necessária internação hospitalar e uso de antibióticoterapia venosa.

Prevenção
• Urinar com mais freqüência, ou seja, fazê-lo antes mesmo que a vontade apareça;
• Urinar imediatamente após o ato sexual para também lavar a uretra de possíveis bactérias invasoras;
• Fazer higiene após as evacuações e limpar-se sempre no sentido de frente para trás (sentido vagina–ânus);
• As mulheres que já estão na menopausa devem ser avaliadas por um urologista e por um ginecologista.

 

Climatério e Menopausa

O climatério é um período na vida da mulher que compreende aproximadamente a fase entre os 40 e os 65 anos, período em que a mulher passa da fase reprodutiva (fértil) para a não reprodutiva. A menopausa é definida como a ausencia de menstruação por 1 ano.

Sintomas Clímatéricos

Ondas de Calor
Sensação de aquecimento de face e tronco, podendo se espalhar para todo o corpo. As ondas de calor podem aparecer em qualquer hora do dia e ás vezes chega a ser tão desagradável a ponto de interferir nas atividades do dia-a-dia.

Suor
Geralmente acompanha as ondas de calor.

Alteração da libido
Redução do desejo sexual e falta de lubrificação é queixa freqüente, tornando as relações sexuais dolorosas.

Iriritabilidade
A mulher torna-se mais sensível emocionalmente.

Osteoporose
A osteoporose é definida como uma diminuição importante da quantidade de massa óssea, com alto risco de ocorrer fraturas principalmente à nível de coluna vertebral, quadril e fêmur.

Terapia de reposição hormonal
É um tratamento que repõe ou complementa o estrogênio que o organismo não é capaz de produzir, equilibrando assim o sistema hormonal da mulher climatérica.

Climatério e Gravidez
Sim, a mulher pode engravidar se está no começo da pré-menopausa, ao redor dos 40 anos. Recomenda-se o uso de métodos anticoncepcionais, já na pós-menopausa (quando não há sangramento menstrual) as possibilidades de engravidar são muito remotas.

Prevenção

Dieta
• Reduza ao máximo a quantidade de gorduras animais como manteiga, pele de aves ou frangos, gordura de carne de porco, vaca ou outro animal.
• Consuma leite e derivados lácteos com baixo teor de gordura (leite desnatado)
• Evite excesso de sal e acucar na alimentação
• Pare de fumar
• Evite bebidas alcoólicas em excesso
• Dieta rica em frutas, legumes e integrais (Batata doce, inhame, chás, soja)

Exercícios
O exercício é essencial para manter a boa circulação, músculos ativos e um bom funcionamento geral de seu organismo. Além disso, ajuda a manter seus ossos mais fortes evitando assim a perda de massa óssea.

 

DIU e Contraceptivos Hormonais

Os métodos contraceptivos (anticoncepcionais) visam evitar a gravidez, impedindo que haja o encontro do espermatozóide com o óvulo maduro na trompa uterina.

Atuam através de vários mecanismos:
• Impedindo a ovulação (ex: contraceptivos hormonais);
• Evitando a penetração dos espermatozóides no útero (ex: preservativo, diafragma);
• Impedindo a fertilização (ex: DIU – Dispositivo Intra-Uterino);

Os contraceptivos hormonais são um método seguro para a prevenção da gravidez. O contraceptivo oral mais usado é a pílula combinada, que contém 2 tipos de hormônios: estrogênios e progesterona e apesar dos relatos de efeitos colaterais e complicações, a pílula combinada é ainda o contraceptivo de escolha de aproximadamente metade das mulheres jovens.

O efeito anticoncepcional das pílulas está baseado na interação de vários fatores, sendo que os mais importantes são a inibição da ovulação por diminuir a liberação de alguns hormônios e por promover alterações nas secreções vaginais que aumentam a dificuldade de penetração do esperma no útero.

É necessário tomar o comprimido diariamente, sempre no mesmo horário.

DIU
O Dispositivo Intra-Uterino (DIU) de cobre é um dispositivo colocado dentro do útero para prevenir a gravidez e funciona liberando de sais de cobre pelo filamento que reveste a haste principal ou lateral. Já o DIU de levonogestrel (Mirena) age liberando doses diarias de progesterona basicamente na mucosa uterina e impedindo a menstruação e a ovulação. O DIU é um dos métodos anticoncepcionais mais eficazes e essa prevenção é semelhante às pílulas anticoncepcionais.

Benefícios
Podem ser destacados benefícios importantes como a utilização independente da atividade sexual, liberar-se da preocupação diária com a prevenção da gestação, ser comandado unicamente pela mulher, ser uma opção prática e eficaz e ter um período longo de utilização (cerca de 5 anos). Esses benefícios proporcionam à mulher uma sensação de liberdade e comodidade.

Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns são o aumento do fluxo menstrual e o aumento das cólicas menstruais. Estes efeitos podem ser controlados com a utilização de medicamentos, sempre sob supervisão médica. Geralmente, após os primeiros três meses de utilização, estes sintomas tendem a se normalizar.

Já o DIU de hormônio (Mirena) deixa a mulher em amenorreia (sem menstruação) e com poucos efeitos colaterais sistêmicos.

 

Miomas Uterinos

Miomas são tumores benignos do útero, extremamente comuns e que afetam uma em cada cinco mulheres em idade fértil.

Os miomas podem apresentar variações quanto ao tamanho e velocidade de crescimento. Não é clara a causa dos miomas, mas sabe-se que seu desenvolvimento depende do hormônio feminino estrógeno. Em geral, os miomas param de crescer e diminuem na menopausa, quando os níveis de estrógeno se reduzem.

Sintomas
Os miomas podem não causar nenhum sintoma e serem descobertos em exames de rotina.

Algumas mulheres podem apresentar sangramento excessivo durante a menstruação ou sangramento irregular, desconforto pélvico, inchaço na barriga e dor á relação sexual. A gravidade dos sintomas está relacionada ao tamanho, número e localização dos miomas. Pode haver, algumas vezes, uma associação entre miomas e infertilidade (impossibilidade de engravidar).

Tratamento
Se os miomas são pequenos e não causam desconforto, seu médico poderá concluir que não há necessidade de tratamento, recomendando somente exames de acompanhamento semestrais. Para as mulheres que apresentam sintomas como dor ou sangramento menstrual excessivo devido aos miomas, uma das opções é o tratamento hormonal com substâncias como a progesterona.

As cirurgias feitas para retirar os miomas são, em geral, a miomectomia, que é a retirada dos miomas e a histerectomia, que é a retirada completa do útero. Essa cirurgia poderá ser feita através da vagina (histeroscopia) ou abdome (cirurgia aberta ou laparoscopia).

Outra opção é a embolização das Artérias Uterinas e trata-se de procedimento minimamente invasivo cujo objetivo é interromper a circulação sangüínea que nutre os miomas, de modo a resolver o problema de forma rápida e duradoura, e propiciar a preservação do útero e fertilidade.

 

Ovários Policisticos x Cistos nos Ovários

Em primeiro lugar a Síndrome dos ovários policísticos (SOP) precisa ser diferenciada do simples achado de cistos nos ovários, já que, enquanto a primeira apresenta sinais e sintomas decorrentes do desequilíbrio hormonal com excesso de androgênio (hormônio masculino) e ausência de ovulação, a segunda pode ser um achado normal do ciclo menstrual feminino.

Cerca de 5-10% das mulheres em idade fértil podem apresentar a SOP e a importância do diagnóstico precoce serve não só para alívio dos sintomas como prevenção de doenças como o câncer de endométrio, doenças cardiovasculares e diabetes.

Em geral a paciente com SOP apresenta os sintomas logo após a primeira menstruação como:
• Irregularidade menstrual: ausência ou pouco fluxo menstrual
• Excesso de androgênios: Acne, excesso de pêlos, calvície, seborreia.
• Obesidade
• Tendencia a Diabetes e Doenças cardiovasculares.
• Infertilidade e Aborto de repetição

O Diagnóstico se dá através da história característica (Irregularidade menstrual+ alterações hormonais) + achados ao exame clínico+ achados á ultrassonografia vaginal(microcistos na periferia do ovário são muito comuns) + alteração em exames bioquímicos com glicemia, insulina, LH e FSH.

O tratamento consiste em controlar as manifestações clínicas, retornar a fertilidade e prevenir as complicações da doença.
1 – Perda de peso com atividade física regular e dieta equilibrada
2 – Anticoncepcionais hormonais: restaurar o ciclo menstrual
3 – Drogas anti androgênicas
4 – Hipoglicemiantes: Metformina auxilia a perda de peso e a ovulação
5 – Na presença de infertilidade: Citrato de Clomifeno.

 

Papanicolau e Câncer de Colo Uterino

Fatores de Risco
• Infecção pelo vírus HPV: Mulheres com inicio precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagistas, com verrugas previas.

Antes do Câncer de colo, podem existir alterações precursoras diagnosticadas no Papanicolau e na Biópsia guiada por Colposcopia como ASC.US, LIEBG E LIEAG.

Prevenção

A prevenção primária do câncer do colo do útero pode ser realizada através do uso de preservativo durante a relação sexual, realização periódica de Papanicolau e cuidados com a imunidade.

O exame preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolau) consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice).

Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Neste caso, são coletadas amostras do fundo-de-saco vaginal posterior e da ectocérvice, mas não da endocérvice, para não estimular contrações uterinas e aumentar o risco de abortamentos.

Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico. Pacientes virgens e pacientes histerectomizadas por doenças benignas não há indicação de prevenção com a finalidade de prevenção do câncer do colo do útero.

Vacinação
Recentemente foi liberada uma vacina para o HPV pela rede pública de saúde brasileira. Ela atua contra os dois principais vírus causador do câncer do colo do útero (sorotipo 16 e 18).

Sintomas
Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de possíveis lesões precursoras é através da realização periódica do exame preventivo. Conforme a doença progride, os principais sintomas do câncer do colo do útero são: sangramento vaginal, corrimento e dor.

Tratamento
• CAF ou Conização: Retirada de parte do colo do útero e possibilidade de engravidar posteriormente.
• Histerectomia: Retirada completa do útero e reservada aos casos com tumores maiores e ás vezes lenfadenectomia associada.
• Quimioterapia e Radioterapia: Quando o tumores já ultrapassou os limites do colo.
• Exenteração Pélvica: Cirurgia agressiva reservada a casos recidivados ou sem resposta aos tratamentos adjuvantes.

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