1. Usar o notebook no colo causa infertilidade masculina?
O uso do laptop ou notebook no colo pode aquecer demais os testículos e prejudicar a produção e a qualidade das células reprodutivas masculinas, causando a infertilidade masculina. Essa prática pode afetar, ainda, a motilidade e causar fragmentação de DNA nos espermatozoides. Isso acontece porque os gametas masculinos depende muito de uma temperatura adequada para manter a saúde.
Porém, estudos recentes associaram o problema à radiação emitida pelo uso de redes de internet sem fio (wireless). E não somente pelo excesso de calor. Ou seja, de qualquer modo, não é recomendado usar o aparelho dessa forma. De acordo com as pesquisas, ficar de quatro a cinco horas com o computador no colo já é prejudicial.
2. A idade do homem atrapalha na fertilidade?
Antigamente acreditava-se que não, pelo fato do homem produzir espermatozoides a vida toda, diferente da mulher que tem seu estoque de óvulos predeterminado e reduzido no decorrer da vida até chegar à menopausa. No entanto, estudos atuais têm relacionado a idade com a baixa qualidade e motilidade dos espermatozoides. Essa redução acontece ao longo dos anos, como um processo de envelhecimento natural que dificulta a fertilização.
A comprovação veio por meio de um estudo feito pela Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, apresentado na 33ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em julho de 2017. Ele analisou ciclos de Fertilização In Vitro entre 2000 e 2014 e concluiu que, conforme a idade do homem era maior, as taxas de gravidez diminuíam. Ou seja: o homem também tem seu relógio biológico reprodutivo.
3. O uso excessivo de álcool, cigarro e outras drogas pode causar infertilidade?
Sim. Além de ser prejudicial à saúde, o consumo de álcool, cigarro e drogas, como a maconha e a cocaína, pode tornar homens e mulheres inférteis. Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, homens e mulheres fumantes têm três vezes mais chances de sofrerem de infertilidade. Quando comparados aos não fumantes. O uso dessas drogas pode causar danos na produção de espermatozoides, na motilidade e outras deficiências. Isso dificulta a fecundação.
4. Usar cueca apertada pode prejudicar a fertilidade masculina?
De acordo com um estudo recente, realizado pela Faculdade de Saúde Pública de Harvard, em conjunto com a Clínica de Fertilidade do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, publicado na revista Human Reproduction, em agosto de 2018, sim. O uso de cuecas muito apertadas pode inibir a produção de espermatozoides.
O estudo coletou amostras dos sêmen de 660 homens entre 32 e 39 anos. Todos buscavam tratamento para fertilidade e responderam questionário sobre o tipo de cueca que usaram nos três meses anteriores, como boxer e samba-canção. O resultado mostrou que 53% dos homens usuários de samba-canção tiveram 25% mais espermatozoides comparados àqueles que usavam modelos mais justos, como as boxers. Eles também tinham maior concentração de espermatozoides, capazes de fertilizar um óvulo.
5. DSTs podem causar infertilidade?
Sim. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são responsáveis por cerca de 10% dos casos de infertilidade masculina. Elas causam inflamações nos órgãos reprodutores, prejudicando o seu funcionamento.
6. Homens diagnosticados com câncer podem ficar estéreis?
Isso pode acontecer por conta da medicação usada em tratamentos de rádio e quimioterapia. É comprovado cientificamente que esse tipo de medicação afeta a fertilidade humana. Por isso, antes de iniciar esse tipo de tratamento, o ideal é que o homem preserve sua fertilidade fazendo o congelamento do sêmen.
7. A varicocele pode levar à infertilidade masculina?
Sim, visto que é a doença mais comum relacionada à redução da fertilidade masculina. A varicocele causa varizes no cordão espermático, que transporta o sangue do testículo e deixa suas células expostas a radicais livres. A doença pode reduzir a produção de espermatozoides e causar atrofia testicular. Porém, pode ser tratada. Se houver um diagnóstico precoce, há maiores chances de a doença não causar infertilidade masculina.
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